sexta-feira, 25 de junho de 2021

Quem é o maior VICE do Brasil? Uma análise das decisões pelo país

Uma das perguntas mais feitas ao longo das rivalidades no país sempre foi: quem é o maior vice do Brasil?

Há diversas respostas possíveis para essa pergunta, a depender de qual o viés a ser analisado. Se olharmos os vices (segundo colocados) de cada competição, independente da forma de disputa, teremos um resultado, se analisarmos as finais perdidas, teremos outro. Sabemos que um vice campeonato em uma final/decisão tem um peso muito maior, na maior parte das vezes, do que um vice em um torneio de pontos corridos. A expectativa de uma decisão, uma partida de 90 minutos que pode te dar a taça, acaba elevando o sentimento de tristeza do derrotado. Em torneios de pontos corridos, por vezes, as últimas rodadas acabam trazendo inclusive uma disputa pelo vice campeonato, quando o campeão já está definido de forma antecipada.

Aqui no blog já fizemos o levantamento do histórico das decisões dos quatro maiores estaduais do país, assim como um levantamento do histórico de decisões dos torneios nacionais e internacionais com participações de brasileiros, conforme links abaixo:


Se compilarmos os números levantados, qual será nossa conclusão sobre quem é o maior VICE do país (perdedor de decisões)?

Algumas ponderações são relevantes aqui nesta análise. Em campeonatos mais polarizados, como o Gaúcho e o Mineiro, os grandes clubes acabam se envolvendo em muito mais finais do que os demais. Desta forma, quando olhamos os números absolutos, as equipes destes campeonatos acabam tendo muito mais finais disputadas e, consequentemente, mais vices (e mais finais vencidas) também. Para ilustrar o que estamos falando, o Internacional disputou, no total, 51 finais no Campeonato Gaúcho, mais do que o dobro de finais estaduais do que equipes como Santos, São Paulo, Botafogo e Palmeiras disputaram por exemplo.

Portanto, observaremos sob as duas óticas, mas com mais foco no APROVEITAMENTO dos clubes em finais/decisões, para termos uma análise mais justa. Adicionalmente, tendo em vista que o blog tem como foco os quatro maiores estaduais e os doze clubes considerados grandes no país, o foco será apenas no desempenho destes doze clubes. Por fim, relembramos que o blog analisou todos os campeonatos oficiais de caráter nacional e internacional (a listagem dos torneios analisados está na matéria sobre o histórico destes torneios) e também os torneios estaduais, ficando de fora torneios amistosos e torneios regionais.

Sem mais delongas, vamos aos resultados:

Olhando sob a ótica de números absolutos, o maior VICE do Brasil é o Cruzeiro, com 29 vices em decisões no total, seguido de perto por Vasco, Atlético-MG e Grêmio, todos com 28 vices em decisões no total.

Quando analisamos o aproveitamento dos grandes clubes brasileiros em decisões, no entanto, o cenário muda. Apenas dois times dentre os doze grandes do país apresentam aproveitamento inferior a 50% em decisões, ou seja, mais perderam do que venceram decisões. São eles o Vasco e o Atlético-MG. Ambos tem mais vices do que títulos tanto no histórico de torneios estaduais quanto no histórico de torneios nacionais/internacionais. E olhando pela ótica do aproveitamento, o maior VICE do Brasil é o Vasco, com apenas 43% de aproveitamento (28 vices em 49 decisões disputadas).

Em números absolutos, o time que mais venceu decisões foi o Internacional, com 44 títulos em decisões, seguido de perto por Grêmio (43 títulos) e Flamengo (41 títulos). Sob a ótica de aproveitamento, o Internacional também é o líder, com 66% de aproveitamento (44 títulos em 67 decisões disputadas), seguido de Corinthians com 64% e Flamengo com 62% de aproveitamento.

Segue abaixo a tabela completa da análise, ordenada pelo aproveitamento total em decisões:


Portanto, respondendo à pergunta inicial: Quem é o maior VICE do Brasil?

Analisando o desempenho dos doze grandes clubes em decisões estaduais, nacionais e internacionais, por aproveitamento, o maior VICE do país é o Vasco. Em números absolutos, esse posto fica com o Cruzeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário