Grandes Decisões do Futebol
Um blog feito para trazer à tona um estudo que fiz há tempos sobre as grandes decisões do futebol e o histórico dos confrontos entre os clubes.
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Quem é o maior VICE do Brasil? Uma análise das decisões pelo país
segunda-feira, 21 de junho de 2021
Campeonato Mineiro - Histórico das Grandes Decisões
Chegando a última série de postagens sobre a história das decisões no torneios estaduais mais importantes, hoje é dia de falar sobre o campeonato mineiro. Qual seria histórico de finais entre os clubes? Quem venceu mais? Quem mais vezes foi vice em finais?
Importante repetir algumas colocações já feitas nas demais postagens sobre campeonatos estaduais: ressalto que efetuei uma busca a fundo, analisando campeonato a campeonato, ano a ano, regulamentos e fichas técnicas das partidas para entender melhor e verificar quem foram os campeões e quem foram os vices (nas edições em que houve decisão). No caso específico do Campeonato Mineiro, pude perceber que a maioria das matérias sobre o histórico das decisões leva em consideração apenas os campeonatos em que havia previsão de uma final, desconsiderando anos em que o torneio acabou tendo uma decisão sem uma previa programação. Desta forma, o resultado final deste estudo diverge um pouco das informações até aqui divulgadas sobre o histórico deste estadual.
Recordemos então: assim que iniciei a minha pesquisa, tratei de determinar uma questão: é de suma importância estabelecer os critérios da pesquisa e ser fiel a ela até o fim.
Dessa forma, vamos recordar a definição do critério, dado que existem dois tipos de final/decisão:
A primeira, que não é discutível, é aquela em que o regulamento prevê uma final entre dois clubes para decidir o campeão. Exemplo: Campeonato Mineiro de 2020 - após todos os 12 clubes se enfrentarem em um turno, 4 equipes se classificaram para a fase eliminatória. Após as definições das semi finais, Tombense e Atlético-MG chegam para se enfrentar na grande decisão em dois jogos para decidir o campeão mineiro daquele ano. Após vencer as duas partidas, o Atlético-MG se sagrou campeão.
A segunda é que é importante definir e deixar claro. São os campeonatos em que o regulamento não previa uma final para definir o campeão, no entanto, por um acaso, quis o destino que as duas equipes que lideravam o campeonato se enfrentassem no último jogo, em partida que iria definir o campeão. Exemplo: Campeonato Mineiro de 1948 - campeonato com sete equipes que se enfrentariam três vezes cada. No final das 18 rodadas, o clube que tivesse somado mais pontos se sagraria o campeão daquele ano. No dia 28 de novembro daquele ano, América e Atlético se enfrentariam na última rodada do campeonato. Naquele momento, o Atlético liderava o torneio com 28 pontos com o América um ponto atrás. Nenhum outro clube teria mais chances de alcançar a dupla, visto que no dia anterior o Cruzeiro perdeu para o Siderúrgica por 3x1 e permaneceu com 26 pontos. Com isso, o Atlético entrou na partida com a vantagem do empate, com o América precisando da vitória para levantar o título. O América arrancou a vitória por 3x1 e conseguiu se sagrar campeão. Ou seja, apesar do regulamento do campeonato daquele ano não prever uma final para decidir o campeão, América e Atlético se enfrentariam na última rodada, numa partida em que seria definido o campeão. Portanto, isso também é considerado como uma final/decisão.
A definição, portanto, de um jogo ordinário que se tornou uma final/decisão, é a partida em que ambos os clubes entram com chances de definir para si o campeonato, e levar, dessa forma, a taça para casa. Somente essas partidas contarão nos números como um campeonato em que tivemos um campeão e um vice. Campeões de forma antecipada, e/ou partidas em que somente um dos clubes entrou com chances de levar, ali mesmo, a taça, não contarão como uma final, afinal, era um jogo que poderia decidir o campeonato apenas para um lado, tendo o outro lado que contar ainda com outras rodadas e outros resultados com outros clubes para se sagrar campeão.
Há ainda uma terceira situação. Em alguns campeonatos, aconteceram situações de torneios que previam dois turnos e que, caso um clube vencesse ambos os turnos, se sagraria campeão mineiro. Exemplo: em 1988 o torneio tinha 16 equipes. Em cada turno, cada clube se enfrentaria uma vez e a decisão do campeão do turno seria por pontos corridos. Os campeões de 1º e 2º turno se enfrentariam numa grande final para definir o campeão estadual. O Atlético venceu o 1º turno e na última rodada do 2º turno enfrentou o Cruzeiro, num jogo que decidiria o campeão do 2º turno. Em caso de vitória atleticana, o time se sagraria campeão por vencer ambos os turnos, no caso de vitória cruzeirense, haveria uma final entre os dois times para definir o campeão mineiro. O Atlético venceu a partida e levou o título estadual. Nesse caso a final do campeonato ficou decidida que seria entre Atlético e Cruzeiro, a dúvida é se seria definida em uma ou mais partidas. Portanto, nesses casos, também foram computados os campeonatos como decidido por uma final/decisão.
Definições feitas, vamos para a tabela ano a ano, quais tiveram um campeão e um vice definidos por uma final/decisão, e quais o campeão não precisou de uma final/decisão para ser campeão:
domingo, 31 de janeiro de 2021
Campeonato Gaucho - Histórico das Grandes Decisões
[Atualização: atualizado com o resultado do Campeonato Gaúcho 2021]
Continuando com a série de postagens sobre a história das decisões, hoje é dia de falar sobre o campeonato gaúcho. Qual seria histórico de finais entre os clubes? Quem venceu mais? Quem mais vezes foi vice em finais?
Repetindo o que falei nas demais postagens sobre campeonatos estaduais, ressalto que efetuei uma busca a fundo, analisando campeonato a campeonato, ano a ano, regulamentos e fichas técnicas das partidas para entender melhor e verificar quem foram os campeões e quem foram os vices (nas edições em que houve decisão).
Importante recordar: assim que iniciei a minha pesquisa, tratei de determinar uma questão: é de suma importância estabelecer os critérios da pesquisa e ser fiel a ela até o fim.
Dessa forma, vamos recordar a definição do critério, dado que existem dois tipos de final/decisão:
A primeira, que não é discutível, é aquela em que o regulamento prevê uma final entre dois clubes para decidir o campeão. Exemplo: Campeonato Gaucho de 2019 - após todos os 12 clubes se enfrentarem em um turno, 8 equipes se classificaram para a fase eliminatória. Após as definições das quartas-de-final e das semi finais, Grêmio e Internacional chegam para se enfrentar na grande decisão em dois jogos para decidir o campeão gaucho daquele ano. Após dois empates, o Grêmio derrota o Internacional nos pênaltis e se sagra campeão.
A segunda é que é importante definir e deixar claro. São os campeonatos em que o regulamento não previa uma final para definir o campeão, no entanto, por um acaso, quis o destino que as duas equipes que lideravam o campeonato se enfrentassem no último jogo, em partida que iria definir o campeão. Exemplo: Campeonato Gaucho de 1969 - campeonato com dezoito clubes na fase inicial, divididos em dois grupos de nove clubes cada. Após se enfrentarem em dois turnos, os quatro melhores de cada grupo se classificaram pro octogonal final. No octogonal, cada clube se enfrentaria duas vezes e aquele que tivesse somado mais pontos ao final de 14 jogos, se sagraria o campeão daquele ano. No dia 21 de dezembro daquele ano, Internacional e Grêmio se enfrentariam na última rodada do octogonal. Naquele momento, o Internacional liderava o torneio com 21 pontos com o Grêmio um ponto atrás. Nenhum outro clube teria mais chances de alcançar a dupla. Com isso, o Inter entrou na partida com a vantagem do empate, com o Grêmio precisando da vitória para levantar o título. No entanto, a partida acabou não saindo do 0x0 e o Internacional ficou com o título. Ou seja, apesar do regulamento do campeonato daquele ano não prever uma final para decidir o campeão, Internacional e Grêmio se enfrentariam na última rodada, numa partida em que seria definido o campeão. Portanto, isso também é considerado como uma final.
A definição, portanto, de um jogo ordinário que se tornou uma final/decisão, é a partida em que ambos os clubes entram com chances de definir para si o campeonato, e levar, dessa forma, a taça para casa. Somente essas partidas contarão nos números como um campeonato em que tivemos um campeão e um vice. Campeões de forma antecipada, e/ou partidas em que somente um dos clubes entrou com chances de levar, ali mesmo, a taça, não contarão como uma final, afinal, era um jogo que poderia decidir o campeonato apenas para um lado, tendo o outro lado que contar ainda com outras rodadas e outros resultados com outros clubes para se sagrar campeão.
Houve ainda uma terceira situação. Em alguns campeonatos, aconteceram situações de torneios que previam dois turnos, ambos decididos por finais e que, caso um clube vencesse ambos os turnos, se sagraria campeão gaúcho. E aí que, em 2009, o Internacional venceu o 1º turno e foi finalista do 2º turno. Na decisão do 2º turno (e consequentemente do campeonato), Internacional e Caxias se enfrentaram e, como o Internacional venceu, acabou ficando com o título. Nesse caso a final do campeonato ficou decidida que seria entre Internacional e Caxias, a dúvida é se seria definida em uma ou em três partidas. Portanto, nesses casos, também foram computados os campeonatos como decidido por uma final/decisão.
Definições feitas, vamos para a tabela ano a ano, quais tiveram um campeão e um vice definidos por uma final/decisão, e quais o campeão não precisou de uma final/decisão para ser campeão:
sábado, 30 de janeiro de 2021
Campeonato Paulista - Histórico das Grandes Decisões
[Atualização: atualizado com o resultado do Campeonato Paulista 2021]
Seguindo a sequência de postagens sobre a história das decisões, hoje vamos falar sobre o campeonato paulista. Qual seria histórico de finais entre os clubes? Quem venceu mais? Quem mais vezes foi vice em finais?
Assim como nas demais pesquisas, efetuei uma busca a fundo, analisando campeonato a campeonato, ano a ano, regulamentos e fichas técnicas das partidas para entender melhor e verificar quem foram os campeões e quem foram os vices (nas edições em que houve decisão).
Importante recordar: assim que iniciei a minha pesquisa, tratei de determinar uma questão: é de suma importância estabelecer os critérios da pesquisa e ser fiel a ela até o fim.
Dessa forma, vamos recordar a definição do critério, dado que existem dois tipos de final/decisão:
A primeira, que não é discutível, é aquela em que o regulamento prevê uma final entre dois clubes para decidir o campeão. Exemplo: Campeonato Paulista de 2018 - Corinthians e Palmeiras vencem suas partidas semi-finais e se enfrentam na grande decisão em dois jogos para decidir o campeão paulista daquele ano. Após uma vitória pra cada lado, o Corinthians derrota o Palmeiras nos pênaltis e se sagra campeão paulista.
A segunda é que é importante definir e deixar claro. São os campeonatos em que o regulamento não previa uma final para definir o campeão, no entanto, por um acaso, quis o destino que as duas equipes que lideravam o campeonato se enfrentassem no último jogo, em partida que iria definir o campeão. Exemplo: Campeonato Paulista de 1950 - campeonato com doze clubes, todos contra todos em 2 turnos e aquele que tivesse somado mais pontos ao final de 22 jogos, se sagraria o campeão daquele ano. No dia 28 de janeiro do ano seguinte, Palmeiras e São Paulo se enfrentariam na última rodada do campeonato. Naquele momento, Palmeiras liderava o torneio com 31 pontos ao lado do Santos, com o São Paulo um ponto atrás. Como o Santos já havia feito todas as 22 partidas, não tinha mais chance de título. O Palmeiras entrou na partida com a vantagem do empate, com o São Paulo precisando da vitória para levantar o título. Na partida que ficou conhecida como "Jogo da Lama" por conta do lamaçal que se transformou o gramado em função da forte chuva na noite anterior, o São Paulo saiu na frente logo aos 4 minutos do primeiro tempo. No entanto, no segundo tempo o Palmeiras igualou o placar, segurou o empate até o fim e ficou com o título. Ou seja, apesar do regulamento do campeonato daquele ano não prever uma final para decidir o campeão, Palmeiras e São Paulo se enfrentariam na última rodada, numa partida em que seria definido o campeão. Portanto, isso também é considerado como uma final.
A definição, portanto, de um jogo ordinário que se tornou uma final/decisão, é a partida em que ambos os clubes entram com chances de definir para si o campeonato, e levar, dessa forma, a taça para casa. Somente essas partidas contarão nos números como um campeonato em que tivemos um campeão e um vice. Campeões de forma antecipada, e/ou partidas em que somente um dos clubes entrou com chances de levar, ali mesmo, a taça, não contarão como uma final, afinal, era um jogo que poderia decidir o campeonato apenas para um lado, tendo o outro lado que contar ainda com outras rodadas e outros resultados com outros clubes para se sagrar campeão.
Há ainda uma terceira situação. Em alguns campeonatos, houve a situação de, ao final do campeonato, líder e vice líder se enfrentarem na última rodada do campeonato, com o líder tendo 2 pontos de vantagem. Desta forma, o vice-líder precisaria vencer e forçar uma partida desempate para se sagrar campeão. Nesse caso a decisão do campeonato ficou decidida que seria entre líder e vice-líder, a dúvida é se seria definida em uma partida (na última rodada) ou em duas partidas, após o jogo desempate. Um desses casos ocorreu em 1929, no torneio organizado pela APEA (entre 1926 e 1929, haviam dois campeonatos paralelos, um organizado pela APEA, um organizado pela LAF). O Corinthians chegou na última rodada com 12 pontos, um a mais que o Santos, que já tinha feito todas as suas partidas e, portanto, não tinha mais chance de título, e dois a mais que o Palmeiras. O Palmeiras precisaria, portanto, vencer para chegar aos mesmos 12 pontos e forçar um jogo desempate para decidir o título. Mas o Corinthians não deu chance para o rival, venceu por 4x1 e se sagrou campeão ali mesmo. Mas a decisão do campeonato ficou entre Corinthians e Palmeiras, a única questão é se o campeonato seria decidido naquela partida ou numa partida desempate. Portanto, nesses casos, também foram computados os campeonatos como decidido por uma final/decisão.
Definições feitas, vamos para a tabela ano a ano, quais tiveram um campeão e um vice definidos por uma final/decisão, e quais o campeão não precisou de uma final/decisão para ser campeão:
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
Histórico de decisões de clubes brasileiros em competições nacionais e internacionais
[Atualização: atualizado com os resultados das decisões de 2020 e as decisões do 1º semestre de 2021]
Apesar do maior campeonato nacional atualmente ser disputado num formato de pontos corridos, isso não foi a realidade durante a maior parte do tempo da história do Campeonato Brasileiro. Adicionalmente, praticamente todos os outros campeonatos oficiais possuíam e possuem previsão de uma partida final para definir o seu campeão.
Desta forma, ao longo dos anos todos os grandes clubes brasileiros acabaram envolvidos em muitas partidas decisivas. Alguns clubes possuem um melhor histórico ao passo que outros não tem tanta sorte em decisões.
Assim, buscamos analisar a totalidade dos campeonatos oficiais de caráter nacional e internacional para entender um pouco do desempenho e dos números de cada equipe brasileira. Quem é o maior vencedor de finais? Quem tem mais vices? Quem tem o melhor aproveitamento? E quem tem o pior?
Primeiramente, importante informar quais competições foram incluídas na análise.
Consideramos todas as (diversas) competições oficiais da Conmebol, assim como todos os torneios considerados como Mundial de Clubes (tanto os torneios organizados pela FIFA a partir de 2005 quanto as Copas Intercontinentais disputadas entre 1960-2004). Portanto, os torneios internacionais considerados incluem: Mundial (1960-2020), Libertadores, Sulamericana, Copa Mercosul, Recopa Sulamericana, Copa Ouro, Supercopa Sulamericana, Copa Conmebol, Copa Master Conmebol, Copa Master Supercopa, Recopa Intercontinental e Copa Interamericana.
Para os torneios nacionais, consideramos o Campeonato Brasileiro (com exceção dos anos de 1971, em que o torneio foi definido em um triangular, e 1973, onde o torneio foi definido em um quadrangular, sem haver final nesses anos, assim como obviamente foram excluídos os torneios a partir de 2003, quando o campeonato passou a ser disputado no sistema de pontos corridos), a Taça Brasil, a Copa União de 1987 (ambos os módulos verde e amarelo), a Copa do Brasil, a Copa dos Campeões e a Supercopa do Brasil. Nenhuma das 4 edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa foram consideradas, visto que também não previam uma final para definir o campeão, sendo o campeão sempre definido através de um quadrangular final.
Ao final da análise, foi possível constatar que o clube brasileiro, dentre os doze considerados grandes, que mais venceu finais em torneios nacionais e internacionais foi o Flamengo, com um total de 17 títulos. A equipe que possui mais vices é o Cruzeiro, com 16 vices na história. A equipe com melhor aproveitamento em finais é o Santos, com 65,2% de aproveitamento, ao passo que a equipe com pior aproveitamento em finais é o Fluminense, com apenas 33% de aproveitamento.
Abaixo, vamos trazer a tabela do histórico resumido dos 12 grandes do futebol brasileiro e na sequência um detalhe do histórico de cada um deles:
quarta-feira, 15 de julho de 2020
[Resumo] Campeonato Carioca - Maiores vencedores de decisões
Clube
|
Títulos
|
Flamengo
|
24
|
Fluminense
|
15
|
Vasco
|
14
|
Botafogo
|
13
|
America
|
1
|
Bangu
|
1
|
sábado, 29 de abril de 2017
[Confrontos] FLA-FLU - a história das finais
Flamengo e Fluminense fazem, sem dúvida alguma, um dos maiores clássicos do futebol brasileiro e um dos mais charmosos do mundo. Ao longo de mais de 100 anos de história de mais de 400 jogos disputados, as equipes arrastaram multidões ao estádio, tendo colocado mais de 100 mil pessoas no Maracanã por dezenas de vezes. Ao longo desses anos, muitas partidas históricas foram jogadas, mas quais delas valeram a taça?
Sendo os dois clubes os maiores campeões do Campeonato Carioca, é natural que ambos tenham disputado algumas finais entre si para decidir o título.
Em linha com o apresentado no estudo sobre as finais do Carioca, vamos contar um pouco da história das finais jogadas entre Flamengo e Fluminense:
1936: Fluminense campeão
Diante de um cenário de cisão entre os clubes que apoiavam a profissionalização do futebol e os que defendiam a manutenção do amadorismo, entre 1933-1936 tivemos duas ligas paralelas. Desta forma, em 1936 o torneio dos que apoiavam a profissionalização (Liga Carioca de Football) contava apenas com 6 equipes: Flamengo, Fluminense, América, Bonsucesso, Jequiá e Portuguesa.
Após 15 rodadas jogadas, com todas as equipes se enfrentando três vezes, Flamengo e Fluminense terminaram empatados com 23 pontos. Com isso, o regulamento estabelecia desempate em três partidas.
Com as três partidas jogadas no Estádio das Laranjeiras no espaço de uma semana, o Fluminense se sagrou campeão após empate na primeira partida (2x2), vitória na segunda (4x1) e novo empate na terceira (1x1) e, com isso, abriu 1x0 na história das finais entre as equipes.
1941: Fluminense campeão
Em 1941, já com a unificação dos campeonatos da LCF (Liga Carioca de Football) e da FMD (Federação Metropolitana de Desportos), o Campeonato Carioca contou com 10 equipes e, restando apenas uma rodada para terminar o campeonato, a tabela do torneio guardou para a última rodada um confronto entre líder e vice-líder, sendo as únicas equipes que poderiam levar o título daquele ano, transformando, assim, uma partida ordinária numa decisão de campeonato.
Com um ponto de vantagem, o Fluminense entrou em campo com a vantagem do empate para levar o título, numa partida que ficaria marcada pra sempre na história do clássico. O Tricolor aumentou ainda a sua vantagem ao marcar duas vezes no primeiro tempo, abrindo 2x0. Ainda no primeiro tempo, o Flamengo descontou. Precisando da virada o Flamengo partiu para cima, e faltando 5 minutos para acabar o jogo, o rubro negro conseguiu o empate, e aí que o jogo começou a ganhar ares folclóricos. O Fluminense estava com um a menos em campo, e o jogo era na casa do adversário, a Gávea. À época, o estádio da Gávea ficava à poucos da beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, ainda não aterrada. Buscando ganhar tempo para manter o empate, os jogadores do Tricolor começaram a chutar as bolas em direção à Lagoa, atrasando o reinício da partida. Diz a lenda ainda, que a diretoria rubro negra utilizou os seus remadores para agilizarem a reposição do jogo. Verdade ou mentira, de nada adiantou, o Fluminense segurou o empate, conquistou o título e abriu 2x0 na história das finais entre as equipes, na partida que ficou conhecido como o "FLA-FLU da Lagoa".
1963: Flamengo campeão
Em 1963, a história de 22 anos antes se repetia. Dessa vez com 13 equipes, todos se enfrentando duas vezes, ao final de 23 rodadas, restando apenas uma, quis a tabela do torneio que líder e vice-líder, e únicas equipes com chances de título, se enfrentassem na última rodada para decidir o título, transformando, novamente, uma partida ordinária em uma decisão de campeonato.
Dessa vez quem tinha a vantagem do empate era o Flamengo, visto que chegou na última rodada com um ponto a mais. Em mais uma partida histórica do clássico, o Maracanã viveu o seu maior público oficial já registrado, com cerca de 200 mil pessoas (números oficiais: 177.020 pagantes e 194.603 presentes). Apesar da forte pressão do Fluminense, o Flamengo segurou o impéto Tricolor, o 0x0 no placar e garantiu a primeira vitória na história das finais entre as equipes, reduzindo a vantagem tricolor para 2x1.
1972: Flamengo campeão
O Campeonato Carioca de 1972 começou promissor, com os quatro grande clubes trazendo grandes contratações para seus esquadrões. O Vasco contratou ninguém menos que Tostão, junto ao Cruzeiro, o Flamengo trouxe, entre outros, Paulo Cézar Caju e Doval, o Fluminense contratou Gérson e o Botafogo manteve a base forte com jogadores no nível de Jairzinho no elenco.
O torneio daquele ano foi disputado em três turnos, com os campeões de cada turno se enfrentando ao final do campeonato para decidir o título. O Flamengo venceu o 1º turno, o Fluminense venceu o 2º turno e o Vasco venceu o 3º turno.
Nas duas primeiras rodadas do triangular, Flamengo e Fluminense venceram o Vasco, eliminando o time de São Januário e chegando em igualdade na última partida do triangular. Em mais uma partida com o Maracanã lotado, com mais de 100 mil pessoas, o Flamengo abriu 2x0 no primeiro tempo, viu o Fluminense diminuir no segundo, mas segurou a vitória e garantiu o título. Com isso, o Flamengo chegava a igualdade na história do confronto entre as equipes em finais, 2x2.
1973: Fluminense campeão
Um ano depois, o Campeonato Carioca voltaria a colocar Flamengo, Fluminense e Vasco na fase final. Dessa vez, o Fluminense por vencer o 2º turno e o seu grupo no 3º turno, se garantiu diretamente na final, deixando Flamengo e Vasco disputarem a outra vaga em confronto direto, com o Flamengo tendo a vantagem do empate nesse confronto.
Com o empate e a classificação da equipe rubro negra, Flamengo e Fluminense se enfrentariam mais uma vez no Maracanã para decidir o título. O Tricolor das Laranjeiras abriu 2x0, viu o Flamengo empatar a partida, mas garantiu a vitória com dois gols na reta final do jogo, fazendo 4x2 e garantindo o título. Com isso o Fluminense abriu novamente vantagem na história das finais entre os clubes, 3x2.
1984: Fluminense campeão
Em 1984, história repetida. Dessa vez em campeonato com apenas dois turnos, o regulamento previa um triangular entre os campeões dos dois turnos mais o time de melhor campanha ao longo dos dois turnos. Eis que novamente os times foram Flamengo (campeão do 1º turno), Vasco (campeão do 2º turno) e Fluminense (melhor campanha).
Repetindo a história de 1972, Flamengo e Fluminense venceram o Vasco nas duas primeiras partidas e foram para a grande decisão em igualdade de condições. Em mais uma partida histórica e em mais uma partida com mais de 100 mil pessoas no Maracanã, o Fluminense marcou na reta final, com Assis, e se sagrou novamente campeão carioca, abrindo a vantagem de 4x2 no confronto entre as equipes em finais.
1991: Flamengo campeão
Alguns anos depois, em 1991, o Campeonato Carioca foi disputado por 12 equipes em dois turnos, com os campeões de cada turno se enfrentando na grande final.
Assim, após a vitória do Fluminense no 1º turno e do Flamengo no 2º turno, as equipes voltariam a se enfrentar para disputar o título Carioca, dessa vez em duas partidas. Após empate na primeira partida, Flamengo e Fluminense voltaram a campo na segunda partida para decidir o título. O Fluminense abriu o placar, mas viu o seu rival marcar quatro vezes. O Tricolor chegou ainda a descontar, mas no final deu Flamengo por 4x2, que com a vitória reduziu a vantagem do rival na história dos confrontos em finais para 4x3.
1995: Fluminense campeão
O Campeonato Carioca de 1995 não previa uma final. Ao final das primeiras fases, as melhores equipes jogariam o octogonal final para que fosse definido o campeão. Mais uma vez, no entanto, as equipes com melhor campanha e únicas com chance de título se enfrentariam na última rodada, transformando a partida numa decisão de campeonato.
O cenário era favorável ao Flamengo. O clube havia montado uma forte equipe para o seu centenário, com inclusive o melhor jogador do mundo à época, Romário. Ainda de quebra, o Flamengo jogava com a vantagem do empate. Novamente o Maracanã via um grande FLA-FLU, com mais de 100 mil espectadores, decidindo um campeonato. O Fluminense começou arrasador e virou o primeiro tempo com 2x0 à frente. O Flamengo, no entanto, se impôs e empatou o jogo faltando menos de 15 minutos para terminar a partida. Quando a partida parecia definida, no entanto, Renato Gaucho completou, de barriga, o chute de Aílton e marcou o gol que deu o título ao Fluminense. Com o título, o Fluminense abriu vantagem sobre o rival no histórico das finais, 5x3.
2017: Flamengo campeão
Após 22 anos, Flamengo e Fluminense voltaram a se enfrentar numa final do Carioca. Sem vantagem pra qualquer dos lados, após passarem nas semi-finais, respectivamente, por Botafogo e Vasco.
Na primeira partida, na falha de Renato Chaves, Éverton botou o Flamengo em vantagem. Na segunda e decisiva partida, o Fluminense eliminou a vantagem rubro negra logo aos 3 minutos. A partida se encaminhava para as penalidades, até que aos 39 do segundo tempo, na rebatida de Cavalieri, Guerrero empatou o jogo e deixou o Flamengo em vantagem novamente, No fim, aos 50 minutos, o Flamengo sacramentou a vitória e o título com gol de Rodinei. Com o título, o Flamengo encostou novamente no confronto entre os times em finais, 5x4.
2020: Flamengo campeão
Apenas 3 anos depois, Flamengo e Fluminense voltaram a decidir uma final de Carioca.
Após ser campeão da Taça Guanabara e ter a melhor campanha na classificação geral, o Flamengo chegou à final da Taça Rio com a chance de definir, ali mesmo, o Campeonato Carioca. Enfrentaria o Fluminense. O Flu saiu na frente com gol de Gilberto ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, o Fla pressionou e chegou ao empate com o centroavante Pedro. Sem mais gols no placar, a disputa foi para os pênaltis. Com o último pênalti desperdiçado pelo lateral rubro-negro Rafinha, o Flu levantou a taça do turno e forçou dois jogos finais para decidir o Carioca.
Na primeira partida, o Fla saiu na frente, mais uma vez com gol de Pedro. Na segunda etapa, o Flu imprimiu ritmo e chegou ao empate com Evanilson. Até que aos 28 minutos da segunda etapa, em contra-ataque, o Fla fez o gol da vitória, passe de Gabigol e gol de Michael. Fim de partida, 2x1 e vantagem para o Fla no jogo da volta.
No segundo jogo, controlando quase toda a partida e com a vantagem do empate, o Fla não chegou a levar sustos, mas só definiu a partida quase no apagar das luzes, com gol de Vitinho, o gol do título. Flamengo 1x0 Fluminense, 3x1 no placar agregado, e a 36ª taça do Carioca para a galeria.
Com o título, o Flamengo chegou ao empate no confronto entre os times em finais, 5x5.
Em 2021, Flamengo e Fluminense voltaram a se enfrentar numa final estadual pelo segundo ano consecutivo.
O Flamengo se sagrou campeão da Taça Guanabara tendo a melhor campanha na classificação geral após as 11 rodadas da fase inicial. Com isso, nas semi-finais o Flamengo enfrentou o Volta Redonda (4º colocado na classificação geral) enquanto o Fluminense, que ficou com a segunda colocação, enfrentou a Portuguesa (3º colocado na classificação geral). Ambos se classificaram e chegaram à final, que seria disputada em duas partidas, em igualdade de condições (não havia qualquer vantagem, quem vencesse ao final de 180 minutos seria o campeão, em caso de igualdade, a decisão seria nas penalidades máximas).
Na primeira partida, o Fla saiu na frente, com gol de Gabigol. Na segunda etapa, no entanto, o Flu chegou ao empate com Abel Hernandez que entrou durante a segunda etapa. Fim de partida, 1x1 e a decisão ficou totalmente para o jogo da volta.
No segundo jogo, o Flamengo conseguiu dominar bem a primeira etapa e fez dois gols, ambos com Gabigol, para abrir boa vantagem. Logo no início da segunda etapa, Fred diminuiu para o Flu. Mas o Flu não conseguiu imprimir seu ritmo e sucumbiu aos 41, com o gol decisivo de João Gomes para fechar o placar em 3x1 para o Flamengo e dar o 37º título do Carioca para o Rubro-Negro (o terceiro título consecutivo pela sexta vez na história).
Com o título, o Flamengo ultrapassou o Fluminense no confronto entre os times em finais, 6x5.
HISTÓRICO ATUAL DO CONFRONTO (FINAIS):
FLAMENGO 6 X 5 FLUMINENSE
Além desses confrontos históricos citados acima, Flamengo e Fluminense jogaram ainda diversas partidas que foram importantes ou decisivos para o Carioca, mas que não se encaixariam no conceito de final. Vamos à história de algumas delas e às conclusões:
1914: Flamengo campeão
No ano de 1914, 7 equipes disputaram o campeonato, num formato simples, todos contra todos duas vezes, ao final a equipe que somasse mais pontos, se sagraria campeã.
No dia 15 de novembro daquele ano, aniversário do time rubro negro, Flamengo e Fluminense entravam em campo com a mesma pontuação (16 pontos). O cenário do torneio apontava como o líder momentâneo, o América, com 17 pontos, no entanto a equipe já havia feito todos os seus jogos e por isso não poderia somar mais pontos. Outro postulante ao título naquele momento, mas também com poucas chances, o Botafogo tinha 15 pontos e apenas um jogo ainda por jogar (importante lembrarmos aqui que à época, vitória dava apenas 2 pontos ao time vitorioso).
Dessa forma caso o confronto FLA-FLU tivesse um vencedor naquele dia, acabariam as chances de Botafogo e América.
A diferença para FLA e FLU aquele dia é que o Flamengo ainda teria mais uma partida por jogar, contra o São Cristovão uma semana depois. Por isso, caso o Fluminense vencesse, ainda precisaria torcer por um tropeço do rival para se sagrar campeão, visto que em caso de triunfo rubro negro sobre o São Cristovão, ambos terminariam empatados com 18 pontos na liderança e uma partida desempate deveria ser disputada.
O FLA-FLU, jogado em General Severiano, foi vencido por 2x1 pelo time rubro negro, que dessa forma se isolou na liderança e garantiu, ali mesmo, o primeiro título estadual do Flamengo.
Conclusão: Apesar dos dois estarem disputando o título e o título ter sido decidido naquele jogo, apenas uma das equipes (Flamengo) entrou naquele jogo podendo ser campeã. Dessa forma, a partida não foi uma final.
1919: Fluminense campeão
Em 1919, o cenário era o parecido com o de 5 anos antes. Campeonato de pontos corridos, dessa vez com 10 equipes, jogando entre si duas vezes, com a equipe com mais pontos ao final sagrando-se campeã.
A penúltima rodada reservou o encontro entre líder (Fluminense) e vice-líder (Flamengo), que eram os únicos times ainda com chances de título. O Fluminense com dois pontos de frente, precisava apenas vencer para ser campeão antecipado. Em caso de vitória rubro negra ou empate, o Flamengo levaria a decisão para a última rodada, onde precisaria contar com um tropeço do Fluminense diante do América e precisaria ainda triunfar sobre o Bangu.
Mas o Tricolor das Laranjeiras não deu chances ao Flamengo, venceu com sobras por 4x0 e garantiu ali o tricampeonato e, assim, levou pra casa a Taça Colombo.
Conclusão: Apesar dos dois estarem disputando o título e o título ter sido decidido naquele jogo, apenas uma das equipes (Fluminense) entrou naquele jogo podendo ser campeã. Dessa forma, a partida não foi uma final.
domingo, 23 de abril de 2017
Campeonato Carioca - Histórico das Grandes Decisões
Sempre me interessei muito por números, estatísticas e fatos históricos do futebol e por isso, sempre busquei ler bastante sobre jogos e campeonatos do passado. E numa dessas, verifiquei que diversas pessoas tinham diversas versões diferentes do histórico de confrontos finais entre os clubes, e aquilo me intrigou: Qual seria o verdadeiro histórico de finais entre os clubes? Quem venceu mais? Quem mais vezes foi vice em finais?
Assim, em determinado momento, efetuei uma pesquisa a fundo, analisando campeonato a campeonato, ano a ano, regulamentos e fichas técnicas das partidas para entender melhor e verificar quem foram os campeões e quem foram os vices (se houve final).
Fiz essa a pesquisa há anos, para ter o conforto pessoal de saber a verdadeira história dos confrontos finais e saciar a angústia que me batia de não ter essa informação disponível e organizada em lugar algum, e acabei guardei para mim o resultado.
Resolvi agora então criar esse blog para colocar essa pesquisa no ar e atualizei a pesquisa feita anos antes.
Antes de começar a entrar mais nos números da pesquisa, é importante falar algumas coisas:
A mais importante é que o principal erro que eu identificava nos números apresentados pelas pessoas, era que a falta de critério reinava ali. Isto ocorre porque na prática, o torcedor apaixonado não quer saber qual o número real que dita o confronto, ele só quer saber de transmitir aos demais que o clube dele tem mais vitórias, que o clube dele venceu mais. O resto não lhe interessa.
Então, assim que iniciei a minha pesquisa, tratei de determinar uma questão: é de suma importância estabelecer os critérios da pesquisa e ser fiel a ela até o fim.
Dessa forma, vamos a definição do critério, dado que existem dois tipos de final/decisão:
A primeira, que não é discutível, é aquela em que o regulamento prevê uma final entre dois clubes para decidir o campeão. Exemplo: Campeonato Carioca de 2016 - Vasco e Botafogo vencem suas partidas semi-finais e se enfrentam na grande decisão em dois jogos para decidir o campeão carioca daquele ano. Vasco vence e o Botafogo amarga o vice.
A segunda é que é importante definir e deixar claro. São os campeonatos em que o regulamento não previa uma final para definir o campeão, no entanto, por um acaso, quis o destino que as duas equipes que lideravam o campeonato se enfrentassem no último jogo, em partida que iria definir o campeão. Exemplo: Campeonato Carioca de 1968 - fase final com oito clubes, e aquele que tivesse somado mais pontos no agregado do primeiro turno com esta fase final, se sagraria o campeão daquele ano. Botafogo e Vasco eram os clubes com maior pontuação no agregado, tendo o Botafogo um ponto de vantagem apenas em relação ao Vasco, e calhou desse confronto ser o confronto da última rodada da fase final do campeonato. Ou seja, apesar do regulamento do campeonato daquele ano não prever uma final para decidir o campeão, Botafogo e Vasco se enfrentariam na última rodada, numa partida em que seria definido o campeão. Oras, isso também é uma final. Resultado, o Botafogo venceu, ficou com o título e o Vasco amargou o vice.
A definição, portanto, de um jogo ordinário que se tornou uma final/decisão, é a partida em que ambos os clubes entram com chances de definir para si o campeonato, e levar, dessa forma, a taça para casa. Somente essas partidas contarão nos números como um campeonato em que tivemos um campeão e um vice. Campeões de forma antecipada, e/ou partidas em que somente um dos clubes entrou com chances de levar, ali mesmo, a taça, não contarão como uma final, afinal, era um jogo que poderia decidir o campeonato apenas para um lado, tendo o outro lado que contar ainda com outras rodadas e outros resultados com outros clubes para se sagrar campeão.
Houve ainda, nos campeonatos dos anos 2000, uma terceira situação. Campeonatos de dois turnos, ambos decididos por finais e que, caso um clube vencesse ambos os turnos, se sagraria campeão carioca. E aí que, em 2006, o Botafogo venceu a Taça Guanabara e foi finalista da Taça Rio. Na decisão da Taça Rio (e consequentemente do campeonato), Botafogo e Madureira se enfretaram e, como o Botafogo venceu, acabou ficando com o título. Nesse caso a final do campeonato ficou decidida que seria entre Botafogo e Madureira, a dúvida é se seria definida em uma ou em três partidas. Três anos depois, o Botafogo teve novamente essa chance contra o Flamengo, só que a história acabou sendo contada em três partidas ao invés de uma, e dessa vez o Botafogo perdeu. Portanto, nesses casos, também foram computados os campeonatos como decidido por uma final/decisão.
Definições feitas, vamos para a tabela ano a ano, quais tiveram um campeão e um vice definidos por uma final/decisão, e quais o campeão não precisou de uma final/decisão para ser campeão:
ANO | CAMPEÃO | VICE |
1906 | Fluminense | - |
1907 | Fluminense | - |
1907 | Botafogo | - |
1908 | Fluminense | - |
1909 | Fluminense | - |
1910 | Botafogo | - |
1911 | Fluminense | - |
1912 (LMSA) | Paysandu | - |
1912 (AFRJ) | Botafogo | - |
1913 | America | - |
1914 | Flamengo | - |
1915 | Flamengo | - |
1916 | America | - |
1917 | Fluminense | - |
1918 | Fluminense | - |
1919 | Fluminense | - |
1920 | Flamengo | - |
1921 | Flamengo | America |
1922 | America | - |
1923 | Vasco | - |
1924 (AMEA) | Fluminense | - |
1924 (LMDT) | Vasco | Bonsucesso |
1925 | Flamengo | - |
1926 | São Cristovão | - |
1927 | Flamengo | - |
1928 | America | - |
1929 | Vasco | America |
1930 | Botafogo | - |
1931 | America | - |
1932 | Botafogo | - |
1933 (LCF) | Bangu | - |
1933 (FMD) | Botafogo | - |
1934 (LCF) | Vasco | - |
1934 (FMD) | Botafogo | - |
1935 (LCF) | America | - |
1935 (FMD) | Botafogo | - |
1936 (LCF) | Fluminense | Flamengo |
1936 (FMD) | Vasco | Madureira |
1937 | Fluminense | - |
1938 | Fluminense | - |
1939 | Flamengo | - |
1940 | Fluminense | - |
1941 | Fluminense | Flamengo |
1942 | Flamengo | - |
1943 | Flamengo | - |
1944 | Flamengo | Vasco |
1945 | Vasco | - |
1946 | Fluminense | Botafogo |
1947 | Vasco | - |
1948 | Botafogo | Vasco |
1949 | Vasco | - |
1950 | Vasco | America |
1951 | Fluminense | Bangu |
1952 | Vasco | - |
1953 | Flamengo | - |
1954 | Flamengo | - |
1955 | Flamengo | America |
1956 | Vasco | - |
1957 | Botafogo | Fluminense |
1958 | Vasco | Flamengo |
1959 | Fluminense | - |
1960 | America | Fluminense |
1961 | Botafogo | Fluminense |
1962 | Botafogo | Flamengo |
1963 | Flamengo | Fluminense |
1964 | Fluminense | Bangu |
1965 | Flamengo | - |
1966 | Bangu | Flamengo |
1967 | Botafogo | Bangu |
1968 | Botafogo | Vasco |
1969 | Fluminense | - |
1970 | Vasco | - |
1971 | Fluminense | Botafogo |
1972 | Flamengo | Fluminense |
1973 | Fluminense | Flamengo |
1974 | Flamengo | Vasco |
1975 | Fluminense | - |
1976 | Fluminense | Vasco |
1977 | Vasco | Flamengo |
1978 | Flamengo | Vasco |
1979 | Flamengo | - |
1979 (2) | Flamengo | - |
1980 | Fluminense | Vasco |
1981 | Flamengo | Vasco |
1982 | Vasco | Flamengo |
1983 | Fluminense | - |
1984 | Fluminense | Flamengo |
1985 | Fluminense | Bangu |
1986 | Flamengo | Vasco |
1987 | Vasco | Flamengo |
1988 | Vasco | Flamengo |
1989 | Botafogo | Flamengo |
1990 | Botafogo | Vasco |
1991 | Flamengo | Fluminense |
1992 | Vasco | - |
1993 | Vasco | Fluminense |
1994 | Vasco | Fluminense |
1995 | Fluminense | Flamengo |
1996 | Flamengo | Vasco |
1997 | Botafogo | Vasco |
1998 | Vasco | - |
1999 | Flamengo | Vasco |
2000 | Flamengo | Vasco |
2001 | Flamengo | Vasco |
2002 | Fluminense | Americano |
2003 | Vasco | Fluminense |
2004 | Flamengo | Vasco |
2005 | Fluminense | Volta Redonda |
2006 | Botafogo | Madureira |
2007 | Flamengo | Botafogo |
2008 | Flamengo | Botafogo |
2009 | Flamengo | Botafogo |
2010 | Botafogo | Flamengo |
2011 | Flamengo | Vasco |
2012 | Fluminense | Botafogo |
2013 | Botafogo | Fluminense |
2014 | Flamengo | Vasco |
2015 | Vasco | Botafogo |
2016 | Vasco | Botafogo |
2017 | Flamengo | Fluminense |
2018 | Botafogo | Vasco |
2019 | Flamengo | Vasco |
2020 2021 | Flamengo Flamengo | Fluminense Fluminense |