Um blog feito para trazer à tona um estudo que fiz há tempos sobre as grandes decisões do futebol e o histórico dos confrontos entre os clubes.
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Quem é o maior VICE do Brasil? Uma análise das decisões pelo país
segunda-feira, 21 de junho de 2021
Campeonato Mineiro - Histórico das Grandes Decisões
Chegando a última série de postagens sobre a história das decisões no torneios estaduais mais importantes, hoje é dia de falar sobre o campeonato mineiro. Qual seria histórico de finais entre os clubes? Quem venceu mais? Quem mais vezes foi vice em finais?
Importante repetir algumas colocações já feitas nas demais postagens sobre campeonatos estaduais: ressalto que efetuei uma busca a fundo, analisando campeonato a campeonato, ano a ano, regulamentos e fichas técnicas das partidas para entender melhor e verificar quem foram os campeões e quem foram os vices (nas edições em que houve decisão). No caso específico do Campeonato Mineiro, pude perceber que a maioria das matérias sobre o histórico das decisões leva em consideração apenas os campeonatos em que havia previsão de uma final, desconsiderando anos em que o torneio acabou tendo uma decisão sem uma previa programação. Desta forma, o resultado final deste estudo diverge um pouco das informações até aqui divulgadas sobre o histórico deste estadual.
Recordemos então: assim que iniciei a minha pesquisa, tratei de determinar uma questão: é de suma importância estabelecer os critérios da pesquisa e ser fiel a ela até o fim.
Dessa forma, vamos recordar a definição do critério, dado que existem dois tipos de final/decisão:
A primeira, que não é discutível, é aquela em que o regulamento prevê uma final entre dois clubes para decidir o campeão. Exemplo: Campeonato Mineiro de 2020 - após todos os 12 clubes se enfrentarem em um turno, 4 equipes se classificaram para a fase eliminatória. Após as definições das semi finais, Tombense e Atlético-MG chegam para se enfrentar na grande decisão em dois jogos para decidir o campeão mineiro daquele ano. Após vencer as duas partidas, o Atlético-MG se sagrou campeão.
A segunda é que é importante definir e deixar claro. São os campeonatos em que o regulamento não previa uma final para definir o campeão, no entanto, por um acaso, quis o destino que as duas equipes que lideravam o campeonato se enfrentassem no último jogo, em partida que iria definir o campeão. Exemplo: Campeonato Mineiro de 1948 - campeonato com sete equipes que se enfrentariam três vezes cada. No final das 18 rodadas, o clube que tivesse somado mais pontos se sagraria o campeão daquele ano. No dia 28 de novembro daquele ano, América e Atlético se enfrentariam na última rodada do campeonato. Naquele momento, o Atlético liderava o torneio com 28 pontos com o América um ponto atrás. Nenhum outro clube teria mais chances de alcançar a dupla, visto que no dia anterior o Cruzeiro perdeu para o Siderúrgica por 3x1 e permaneceu com 26 pontos. Com isso, o Atlético entrou na partida com a vantagem do empate, com o América precisando da vitória para levantar o título. O América arrancou a vitória por 3x1 e conseguiu se sagrar campeão. Ou seja, apesar do regulamento do campeonato daquele ano não prever uma final para decidir o campeão, América e Atlético se enfrentariam na última rodada, numa partida em que seria definido o campeão. Portanto, isso também é considerado como uma final/decisão.
A definição, portanto, de um jogo ordinário que se tornou uma final/decisão, é a partida em que ambos os clubes entram com chances de definir para si o campeonato, e levar, dessa forma, a taça para casa. Somente essas partidas contarão nos números como um campeonato em que tivemos um campeão e um vice. Campeões de forma antecipada, e/ou partidas em que somente um dos clubes entrou com chances de levar, ali mesmo, a taça, não contarão como uma final, afinal, era um jogo que poderia decidir o campeonato apenas para um lado, tendo o outro lado que contar ainda com outras rodadas e outros resultados com outros clubes para se sagrar campeão.
Há ainda uma terceira situação. Em alguns campeonatos, aconteceram situações de torneios que previam dois turnos e que, caso um clube vencesse ambos os turnos, se sagraria campeão mineiro. Exemplo: em 1988 o torneio tinha 16 equipes. Em cada turno, cada clube se enfrentaria uma vez e a decisão do campeão do turno seria por pontos corridos. Os campeões de 1º e 2º turno se enfrentariam numa grande final para definir o campeão estadual. O Atlético venceu o 1º turno e na última rodada do 2º turno enfrentou o Cruzeiro, num jogo que decidiria o campeão do 2º turno. Em caso de vitória atleticana, o time se sagraria campeão por vencer ambos os turnos, no caso de vitória cruzeirense, haveria uma final entre os dois times para definir o campeão mineiro. O Atlético venceu a partida e levou o título estadual. Nesse caso a final do campeonato ficou decidida que seria entre Atlético e Cruzeiro, a dúvida é se seria definida em uma ou mais partidas. Portanto, nesses casos, também foram computados os campeonatos como decidido por uma final/decisão.
Definições feitas, vamos para a tabela ano a ano, quais tiveram um campeão e um vice definidos por uma final/decisão, e quais o campeão não precisou de uma final/decisão para ser campeão:
domingo, 31 de janeiro de 2021
Campeonato Gaucho - Histórico das Grandes Decisões
[Atualização: atualizado com o resultado do Campeonato Gaúcho 2021]
Continuando com a série de postagens sobre a história das decisões, hoje é dia de falar sobre o campeonato gaúcho. Qual seria histórico de finais entre os clubes? Quem venceu mais? Quem mais vezes foi vice em finais?
Repetindo o que falei nas demais postagens sobre campeonatos estaduais, ressalto que efetuei uma busca a fundo, analisando campeonato a campeonato, ano a ano, regulamentos e fichas técnicas das partidas para entender melhor e verificar quem foram os campeões e quem foram os vices (nas edições em que houve decisão).
Importante recordar: assim que iniciei a minha pesquisa, tratei de determinar uma questão: é de suma importância estabelecer os critérios da pesquisa e ser fiel a ela até o fim.
Dessa forma, vamos recordar a definição do critério, dado que existem dois tipos de final/decisão:
A primeira, que não é discutível, é aquela em que o regulamento prevê uma final entre dois clubes para decidir o campeão. Exemplo: Campeonato Gaucho de 2019 - após todos os 12 clubes se enfrentarem em um turno, 8 equipes se classificaram para a fase eliminatória. Após as definições das quartas-de-final e das semi finais, Grêmio e Internacional chegam para se enfrentar na grande decisão em dois jogos para decidir o campeão gaucho daquele ano. Após dois empates, o Grêmio derrota o Internacional nos pênaltis e se sagra campeão.
A segunda é que é importante definir e deixar claro. São os campeonatos em que o regulamento não previa uma final para definir o campeão, no entanto, por um acaso, quis o destino que as duas equipes que lideravam o campeonato se enfrentassem no último jogo, em partida que iria definir o campeão. Exemplo: Campeonato Gaucho de 1969 - campeonato com dezoito clubes na fase inicial, divididos em dois grupos de nove clubes cada. Após se enfrentarem em dois turnos, os quatro melhores de cada grupo se classificaram pro octogonal final. No octogonal, cada clube se enfrentaria duas vezes e aquele que tivesse somado mais pontos ao final de 14 jogos, se sagraria o campeão daquele ano. No dia 21 de dezembro daquele ano, Internacional e Grêmio se enfrentariam na última rodada do octogonal. Naquele momento, o Internacional liderava o torneio com 21 pontos com o Grêmio um ponto atrás. Nenhum outro clube teria mais chances de alcançar a dupla. Com isso, o Inter entrou na partida com a vantagem do empate, com o Grêmio precisando da vitória para levantar o título. No entanto, a partida acabou não saindo do 0x0 e o Internacional ficou com o título. Ou seja, apesar do regulamento do campeonato daquele ano não prever uma final para decidir o campeão, Internacional e Grêmio se enfrentariam na última rodada, numa partida em que seria definido o campeão. Portanto, isso também é considerado como uma final.
A definição, portanto, de um jogo ordinário que se tornou uma final/decisão, é a partida em que ambos os clubes entram com chances de definir para si o campeonato, e levar, dessa forma, a taça para casa. Somente essas partidas contarão nos números como um campeonato em que tivemos um campeão e um vice. Campeões de forma antecipada, e/ou partidas em que somente um dos clubes entrou com chances de levar, ali mesmo, a taça, não contarão como uma final, afinal, era um jogo que poderia decidir o campeonato apenas para um lado, tendo o outro lado que contar ainda com outras rodadas e outros resultados com outros clubes para se sagrar campeão.
Houve ainda uma terceira situação. Em alguns campeonatos, aconteceram situações de torneios que previam dois turnos, ambos decididos por finais e que, caso um clube vencesse ambos os turnos, se sagraria campeão gaúcho. E aí que, em 2009, o Internacional venceu o 1º turno e foi finalista do 2º turno. Na decisão do 2º turno (e consequentemente do campeonato), Internacional e Caxias se enfrentaram e, como o Internacional venceu, acabou ficando com o título. Nesse caso a final do campeonato ficou decidida que seria entre Internacional e Caxias, a dúvida é se seria definida em uma ou em três partidas. Portanto, nesses casos, também foram computados os campeonatos como decidido por uma final/decisão.
Definições feitas, vamos para a tabela ano a ano, quais tiveram um campeão e um vice definidos por uma final/decisão, e quais o campeão não precisou de uma final/decisão para ser campeão:
sábado, 30 de janeiro de 2021
Campeonato Paulista - Histórico das Grandes Decisões
[Atualização: atualizado com o resultado do Campeonato Paulista 2021]
Seguindo a sequência de postagens sobre a história das decisões, hoje vamos falar sobre o campeonato paulista. Qual seria histórico de finais entre os clubes? Quem venceu mais? Quem mais vezes foi vice em finais?
Assim como nas demais pesquisas, efetuei uma busca a fundo, analisando campeonato a campeonato, ano a ano, regulamentos e fichas técnicas das partidas para entender melhor e verificar quem foram os campeões e quem foram os vices (nas edições em que houve decisão).
Importante recordar: assim que iniciei a minha pesquisa, tratei de determinar uma questão: é de suma importância estabelecer os critérios da pesquisa e ser fiel a ela até o fim.
Dessa forma, vamos recordar a definição do critério, dado que existem dois tipos de final/decisão:
A primeira, que não é discutível, é aquela em que o regulamento prevê uma final entre dois clubes para decidir o campeão. Exemplo: Campeonato Paulista de 2018 - Corinthians e Palmeiras vencem suas partidas semi-finais e se enfrentam na grande decisão em dois jogos para decidir o campeão paulista daquele ano. Após uma vitória pra cada lado, o Corinthians derrota o Palmeiras nos pênaltis e se sagra campeão paulista.
A segunda é que é importante definir e deixar claro. São os campeonatos em que o regulamento não previa uma final para definir o campeão, no entanto, por um acaso, quis o destino que as duas equipes que lideravam o campeonato se enfrentassem no último jogo, em partida que iria definir o campeão. Exemplo: Campeonato Paulista de 1950 - campeonato com doze clubes, todos contra todos em 2 turnos e aquele que tivesse somado mais pontos ao final de 22 jogos, se sagraria o campeão daquele ano. No dia 28 de janeiro do ano seguinte, Palmeiras e São Paulo se enfrentariam na última rodada do campeonato. Naquele momento, Palmeiras liderava o torneio com 31 pontos ao lado do Santos, com o São Paulo um ponto atrás. Como o Santos já havia feito todas as 22 partidas, não tinha mais chance de título. O Palmeiras entrou na partida com a vantagem do empate, com o São Paulo precisando da vitória para levantar o título. Na partida que ficou conhecida como "Jogo da Lama" por conta do lamaçal que se transformou o gramado em função da forte chuva na noite anterior, o São Paulo saiu na frente logo aos 4 minutos do primeiro tempo. No entanto, no segundo tempo o Palmeiras igualou o placar, segurou o empate até o fim e ficou com o título. Ou seja, apesar do regulamento do campeonato daquele ano não prever uma final para decidir o campeão, Palmeiras e São Paulo se enfrentariam na última rodada, numa partida em que seria definido o campeão. Portanto, isso também é considerado como uma final.
A definição, portanto, de um jogo ordinário que se tornou uma final/decisão, é a partida em que ambos os clubes entram com chances de definir para si o campeonato, e levar, dessa forma, a taça para casa. Somente essas partidas contarão nos números como um campeonato em que tivemos um campeão e um vice. Campeões de forma antecipada, e/ou partidas em que somente um dos clubes entrou com chances de levar, ali mesmo, a taça, não contarão como uma final, afinal, era um jogo que poderia decidir o campeonato apenas para um lado, tendo o outro lado que contar ainda com outras rodadas e outros resultados com outros clubes para se sagrar campeão.
Há ainda uma terceira situação. Em alguns campeonatos, houve a situação de, ao final do campeonato, líder e vice líder se enfrentarem na última rodada do campeonato, com o líder tendo 2 pontos de vantagem. Desta forma, o vice-líder precisaria vencer e forçar uma partida desempate para se sagrar campeão. Nesse caso a decisão do campeonato ficou decidida que seria entre líder e vice-líder, a dúvida é se seria definida em uma partida (na última rodada) ou em duas partidas, após o jogo desempate. Um desses casos ocorreu em 1929, no torneio organizado pela APEA (entre 1926 e 1929, haviam dois campeonatos paralelos, um organizado pela APEA, um organizado pela LAF). O Corinthians chegou na última rodada com 12 pontos, um a mais que o Santos, que já tinha feito todas as suas partidas e, portanto, não tinha mais chance de título, e dois a mais que o Palmeiras. O Palmeiras precisaria, portanto, vencer para chegar aos mesmos 12 pontos e forçar um jogo desempate para decidir o título. Mas o Corinthians não deu chance para o rival, venceu por 4x1 e se sagrou campeão ali mesmo. Mas a decisão do campeonato ficou entre Corinthians e Palmeiras, a única questão é se o campeonato seria decidido naquela partida ou numa partida desempate. Portanto, nesses casos, também foram computados os campeonatos como decidido por uma final/decisão.
Definições feitas, vamos para a tabela ano a ano, quais tiveram um campeão e um vice definidos por uma final/decisão, e quais o campeão não precisou de uma final/decisão para ser campeão:
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
Histórico de decisões de clubes brasileiros em competições nacionais e internacionais
[Atualização: atualizado com os resultados das decisões de 2020 e as decisões do 1º semestre de 2021]
Apesar do maior campeonato nacional atualmente ser disputado num formato de pontos corridos, isso não foi a realidade durante a maior parte do tempo da história do Campeonato Brasileiro. Adicionalmente, praticamente todos os outros campeonatos oficiais possuíam e possuem previsão de uma partida final para definir o seu campeão.
Desta forma, ao longo dos anos todos os grandes clubes brasileiros acabaram envolvidos em muitas partidas decisivas. Alguns clubes possuem um melhor histórico ao passo que outros não tem tanta sorte em decisões.
Assim, buscamos analisar a totalidade dos campeonatos oficiais de caráter nacional e internacional para entender um pouco do desempenho e dos números de cada equipe brasileira. Quem é o maior vencedor de finais? Quem tem mais vices? Quem tem o melhor aproveitamento? E quem tem o pior?
Primeiramente, importante informar quais competições foram incluídas na análise.
Consideramos todas as (diversas) competições oficiais da Conmebol, assim como todos os torneios considerados como Mundial de Clubes (tanto os torneios organizados pela FIFA a partir de 2005 quanto as Copas Intercontinentais disputadas entre 1960-2004). Portanto, os torneios internacionais considerados incluem: Mundial (1960-2020), Libertadores, Sulamericana, Copa Mercosul, Recopa Sulamericana, Copa Ouro, Supercopa Sulamericana, Copa Conmebol, Copa Master Conmebol, Copa Master Supercopa, Recopa Intercontinental e Copa Interamericana.
Para os torneios nacionais, consideramos o Campeonato Brasileiro (com exceção dos anos de 1971, em que o torneio foi definido em um triangular, e 1973, onde o torneio foi definido em um quadrangular, sem haver final nesses anos, assim como obviamente foram excluídos os torneios a partir de 2003, quando o campeonato passou a ser disputado no sistema de pontos corridos), a Taça Brasil, a Copa União de 1987 (ambos os módulos verde e amarelo), a Copa do Brasil, a Copa dos Campeões e a Supercopa do Brasil. Nenhuma das 4 edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa foram consideradas, visto que também não previam uma final para definir o campeão, sendo o campeão sempre definido através de um quadrangular final.
Ao final da análise, foi possível constatar que o clube brasileiro, dentre os doze considerados grandes, que mais venceu finais em torneios nacionais e internacionais foi o Flamengo, com um total de 17 títulos. A equipe que possui mais vices é o Cruzeiro, com 16 vices na história. A equipe com melhor aproveitamento em finais é o Santos, com 65,2% de aproveitamento, ao passo que a equipe com pior aproveitamento em finais é o Fluminense, com apenas 33% de aproveitamento.
Abaixo, vamos trazer a tabela do histórico resumido dos 12 grandes do futebol brasileiro e na sequência um detalhe do histórico de cada um deles: